Facilmente alguém se desesperaria se faltasse o pão, se perdesse o emprego, ou a linha telefônica fosse bloqueada. Para quem vive no ano 2010 é difícil viver sem celular, ou computador. Na falta desses itens, naturalmente alguém 'perderia a cabeça'. Mas admiro certo homem que se estressou por algo que muitas pessoas banalizam: a Presença do Senhor. Moisés foi o homem. Para poucos o Senhor fez como com Moisés: explicou a situação, lhe falou o motivo de não poder mais andar no meio do povo de Israel. O pecado deles havia alcançado tal proporção que, se o Senhor se achegasse a eles, os consumiria pelo seu furor. Ah, mas isso não significava abandonar o povo no meio do deserto, um anjo iria à frente deles. Para muitos isso era o suficiente, mas não para quem era apaixonado pelo Senhor. Para Moisés não bastava a segurança que o anjo lhe proporcionaria, o que para os 'comuns' já era o suficiente. Para muitos basta-lhes proteção, saúde, dinheiro, amigos, uma boa casa e coisas similares, mas para quem teve, de fato, um encontro com o Criador, o anjo jamais substituiria a Presença gloriosa de Deus.
Que choque para aquele homem apaixonado. Ele era movido por Deus, respirava Deus, vivia com Deus, conversava face a face com ele, e é certo que não suportaria continuar a jornada sem ele. "Se a tua presença não for comigo, não nos faça subir deste lugar." Essa é uma das declarações mais desesperadas de toda a bíblia, e por este motivo o Senhor atendeu sua súplica: "Achaste graça aos meus olhos, e eu te conheço pelo teu nome." Meu Deus, que relação forte que havia entre os dois, que amor recíproco!
Mas toda essa história me faz uma pergunta: "E para um cristão, do ano 2010, qual seria sua resposta?"
Temo que para muitos, o anjo lhes bastaria. Não estou criticando a presença dos anjos de Deus, mas o sentimento que muitos têm, ou NÃO TÊM, pela Presença do Senhor.
A fé de muitos está baseada nas bênçãos, naquilo que a presença do anjo pode resolver. Mas não são muitos os que dedicam suas vidas com o propósito exclusivo de servir ao Pai. Servir como a escravos de Cristo, escravos que não têm direito de reclamar, de questionar, de se dar ao luxo de parar; que amem as almas como Cristo as ama; que sejam fiéis a Deus e se submetam à sua vontade.
Por isso, oro ao Senhor hoje para que ele manifeste sua presença a nós. Somente quando tivermos um encontro verdadeiro com ele, sentiremos esse desespero que sentiu Moisés por causa da possível ausência da Presença de Deus.
Não vivamos mais de emoções. Jovens apostólicos, não basta ter sido batizado UMA VEZ no Espírito Santo. Não bastam sinais, precisamos do autor deles. Não bastam as bênçãos, precisamos do dono delas. E só mais uma coisa: Deus se encontra com o homem no alto da montanha, e subir até lá exige sacrifício. Você precisa estar disposto a entregar sua vida toda para chegar lá!
Andre Rodrigues
Obrigada! Por sua reflexão tão inspirada.
ResponderExcluirCreio que nos dias de hoje muitos de nós se contentam com a triagem, como nos UAIS em que os enfermeiros fazem parte do diagnóstico, e o paciente acha que nem necessita mais passar pelo médico.
Nada mais expressivo do que falar direto com o Mestre.
Abraços
Desespero - Aflição extrema; furor.
ResponderExcluirEsta palavra tem me tirado o sossego nesses últimos meses. Deus não nos atenderia liberando do seu Espírito se tivéssemos nessa condição por sua presença?
Realmente, André, temos focado o nosso desespero em um emprego, status e tantas outras bençãos e alimentado tanto a nossa carne deixando consumir nossas forças e esperanças por coisas terrenas que nos esquecemos de que o nosso espírito precisa desesperadamente da virtude do Espírito de Deus.
Que Deus nos incomode hoje e amplie a nossa visão do céu. Que Deus nos incomode de maneira que fiquemos desesperados por sua presença e unção de tal forma que sejamos cheios Dele.
Assim poderemos cumprir com o nosso chamado...
Seremos testemunhas VIVAS Dele, faremos sinais e maravilhas e nosso nome será reavivado no céu.
Deus te abençoe André.
Gostaria de te parabenizar pela linda aplicação deste texto....continui assim
ResponderExcluirPr José Sabino